domingo, 14 de março de 2010


Gostaria de deixar o meu comentário pessoal, acerca de um artigo "Juventude Frustada", da revista Super Interessante da edição de Fevereiro de 2010, que considero bastante demonstrativo da realidade que os jovens enfrentam.



Como estudante, e pensando que dentro de ano e meio entro no mercado de trabalho, pelo menos espero eu conseguir, a leitura deste artigo, deixa-me um pouco transtornada acerca do Futuro que se avizinha.



Segundo os autores, que consideram os jovens entre os 18 e 24 anos, como "geração 0", ou seja, "jovens que vivem com os pais, foram bebés muito desejados, cresceram em contextos multiculturais, possuem um ou mais diplomas universitários, participam em redes sociais activas na Internet, mostram grande interesse pela vida social e política e são muito críticos do sistema, pelo que por vezes, saem à rua para se manifestar", estes encontram-se numa situação precária, em que embora possuam uma elevada formação académica, encontram-se no desemprego.


Esta geração sente-se frustada, dado que, após ter estudado longos anos, com a promessa de um Futuro melhor, tude se resume no final a um diploma e ao desemprego, ou seja, veem por terra todas as espectativas criadas tanto por eles, como pelos pais, que investiram nestes filhos.

Estes jovens, embora queiram a independência, tal não é possível, dado que não possuem condições financeiras, para fazer um empréstimo ou pra carro, ou casa, e mesmo não querendo, são "obrigados", a manter-se sob os tectos dos pais, dependendo quase exclusivamente deles.


É alarmante pensar, que o desemprego de longa duração, afecta cerca de 51% dos jovens com diploma universitário.


Resta salientar, que caso seja dada uma oportunidade a estes jovens na vida política, eles terão uma carreira promissora, dado que são pessoas civicamente activas e plenamente conscientes da sociedade que os envolve, no entanto, é necessário que essas oportunidades surjam.


Para concluir, quero apenas referir que os tempos que se adivinham difíceis, tanto para a dita "geração 0", onde me incluo, como para os pais dessa mesma geração que os vão continuar a sustentar, no entanto no meio de tanto pessimismo, podem ser tempos promissores, no sentido da continuação da subida de habilitações, pois os jovens podem aproveitar o tempo livre, para sumar diplomas e formações variadas.




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